Cursos duram dois anos e a sua oferta nos politécnicos não pára de crescer. Estudantes que vêm do ensino profissional são o principal público, mas há quem os procure para fazer reciclagem de conhecimentos.
Três anos depois de terem surgido como uma novidade no ensino superior, os cursos técnicos superiores profissionais (Tesp) são frequentados por mais de 11.500 alunos. Cerca de 80% destes alunos frequentam instituições públicas. Estas novas formações de dois anos, leccionadas em exclusivo nos politécnicos, já têm mais inscritos do que os Cursos de Especialização Tecnológica (CET), que foram os seus antecessores.
No total, só no ensino público 9192 frequentam os Tesp nos dois anos de duração destas formações, revela o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP). No sector privado não existem dados acerca do total dos alunos que frequentam estes cursos, mas sabendo-se que entraram, nos últimos dois anos 1018 e 1293 novos alunos, respectivamente, pode estimar-se em cerca de 2300 o total de alunos que frequentarão estes cursos nas instituições particulares. Ou seja, o total dos alunos que frequentam estes cursos será superior a 11.500 neste momento.
Estes números referem-se apenas aos alunos que frequentam os Tesp. Se for considerado o total dos que se inscreveram até agora, mas que inclui ainda os que desistiram entretanto e já não frequentam estes cursos (cerca de 1400), percebe-se que a procura pelos Tesp foi ainda mais acentuada nos dois últimos anos lectivos.
De acordo com dados disponibilizados ao PÚBLICO pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), em 2015/16 inscreveram-se 6149 novos alunos e neste ano lectivo a tendência mantém-se: houve 6832 estudantes a entrar nestes cursos. Isto depois de os Tesp terem tido um arranque a meio-gás em 2014/15 com apenas 395 alunos inscritos.
Estes números aproximam-se da estimativa apresentada pelo anterior Governo, segundo o qual estes cursos podiam formar cerca de 10.000 novos diplomados por ano, ajudando o país a cumprir a meta europeia de ter 40% da população entre os 30 e os 34 anos com uma formação superior até 2020. O contrato estabelecido pelo actual Governo com as instituições de ensino superior prevê, porém, uma meta mais ambiciosa: dentro de três anos devem ser 20.000 os alunos formados por ano nos cursos superiores profissionais.
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